O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), representado pelo presidente João Paulo Kleinübing, participou nesta segunda-feira (20) da primeira reunião sobre financiamento climático entre bancos públicos de desenvolvimento e representantes do G20, grupo das principais economias do mundo, a União Europeia e a União Africana. O evento é realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a presidência brasileira do G20, o Ministério da Fazenda, a rede global Finance in Common (FiCS) e o Instituto Clima e Sociedade (iCS). O debate ocorre na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, até esta terça-feira (21).
A programação incluiu ainda duas plenárias sobre iniciativas do Brasil e do Finance in Common em finanças sustentáveis. O evento ocorre num momento dramático para o Sul do Brasil, atingido por fortes chuvas, tendo como um dos seus principais focos de discussão a questão de como alavancar as finanças climáticas no Brasil e no mundo.
Durante a sua participação, Kleinübing destacou a situação enfrentada no Rio Grande do Sul e as ações do banco para apoiar as cidades com investimentos em resiliência urbana, além do financiamento para descarbonização da economia. Lembrou da parceria com a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) no Hub de descarbonização e das ações em execução para avanços no setor.
“Nesse encontro, foram discutidos os desafios enfrentados pelos mercados emergentes e as soluções sustentáveis para promover uma transição socialmente inclusiva em direção a uma economia de baixo carbono. O BRDE teve destaque nesse contexto, contribuindo para a busca por soluções financeiras que promovam o desenvolvimento sustentável”, ressalta o Kleinübing.
Além do presidente do BRDE, entre as autoridades presentes estavam o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, o vice-presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), José Luiz Gordon.
Próximas ações
No encontro, representantes do G20 e de bancos públicos de desenvolvimento da Ásia, África, Europa e Américas trabalharão em conjunto com diversas organizações internacionais e da sociedade civil. Serão discutidas soluções financeiras sustentáveis implementadas por bancos públicos de desenvolvimento e as sinergias dessas ações com a agenda do G20.
Ainda foram realizados workshops entre representantes de bancos de desenvolvimento nacionais e internacionais. Finalizados os dois dias de debates, os participantes vão apresentar uma série de recomendações que visam fortalecer as agendas do G20 e da FiCS em questões como arquitetura financeira global, financiamento inovador para o clima e a biodiversidade, mobilização de capital privado para infraestrutura resiliente e ampliação do financiamento local, entre outras.
